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domingo, 16 de setembro de 2012

Cobra-mole: réptil ou anfíbio?

Olá, amigos!

Estava trabalhando com meus alunos da 6ª série sobre vertebrados e, então, resolvi buscar novidades para apresentar a eles. Como já haviam pesquisado um pouco sobre os cinco grupos de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), resolvi mostrar a eles um animal que fora descoberto este ano aqui em nosso país. Um animal que, à primeiro vista, é idêntico a uma cobra. Vejamos abaixo:


Observando a foto, quais características podemos observar? Esse animal possui o corpo cilíndrico, alongado, movimenta-se rastejando, possui boca ventral e uma pele aparentemente úmida e viscosa. Essas características nos remetem as mesmas de um réptil, as serpentes. Todas, exceto a pele úmida e viscosa. Os répteis, como é sabido, possuem a pele seca, podendo ser recoberta por escamas, placas dérmicas e carapaças. Portanto, não se trata de um réptil, e sim, de um anfíbio raro.


Segundo os especialistas, o nome científico deste animal é Atretochoana eiselti, com o nome popular Cobra-mole. Este foi descoberto no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Santo Ântônio, no Rio Madeira, em Porto Velho - RO. Até então, só havia registro do anfíbio no Museu de História Natural de Viena e na Universidade de Brasília. Nenhum deles têm a descrição exata de localidade, apenas "América do Sul".


O formato cilíndrico do corpo do anfíbio faz logo pensar que se trata de uma cobra meio esquisita. Mas Juliano Tupan, biólogo analista socioambiental da Santo Antônio Energia, explica que a Atretochoana eiselti não tem parentesco algum com répteis. “Esse anfíbio é parente próximo de salamandras, rãs, pererecas e sapos. Apenas se parece com uma serpente, mas não é”, afirma o biólogo. Os cientistas acreditam que este seja o maior anfíbio sem pulmões já encontrado – o animal respira através da pele.


Dois exemplares do animal já descobertos no Rio Madeira estão no Museu Emilio Goeldi, em Belém. Os pesquisadores acreditam que o anfíbio vive na bacia do rio, que vai até a Bolívia, e no estado do Pará.


Achei essa notícia muito interessante e resolvi mostrar para os alunos. Eles acharam o máximo! Ficaram muito curiosos sobre esse anfíbio com características de serpente. Ao olharem as imagens, alguns acharam o animal um tanto nojento, por ter a pele úmida. Outros até acharam que era uma serpente! Mas, depois de muitas explicações, todos entenderam que este é um anfíbio especial e raro e que, por isso, é confundido com uma cobra comum.

Algumas curiosidades surgiram com essa notícia, como se a A. eiselti é venenosa e qual o seu tamanho na fase adulta. Sobre a questão do veneno, até agora, não encontrei nada a respeito. Segundo estudos, nada é conhecido sobre seu comportamento, mas é provável que a cobra-mole seja um predador e/ou limpador. Sobre seu tamanho, foi encontrado que ela pode medir até 75 centímetros.

Curiosidade sobre os anfíbios

Os anfíbios são verdadeiros sensores ambientais, sendo, portanto, sensíveis às mudanças do seu ambiente. Um dos motivos da sensibilidade dos anfíbios está relacionado a seus diversos modos reprodutivos. Há espécies que depositam seus ovos em meio aquático (água corrente ou parada); em meio semi-aquático (em ninhos de espumas flutuantes ou na vegetação acima d’água); e ainda em ambiente terrestre, no solo da mata. Outros fatores que afetam a atividade reprodutiva dos anuros (sapos, rãs e pererecas) são a temperatura do ar, a quantidade de chuvas, a luminosidade, além da ação humana. Ao menor desequilíbrio em seus habitats naturais, o anfíbios - sobretudo os anuros - reduzem sua capacidade reprodutiva, podendo-se observar o rápido desaparecimento de populações (Conservation International - CI).

Fontes de pesquisa:
Cobra-mole,anfíbio,Atretochoana eiselti

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